Análises

Simbolismos na Literatura e Cinema #6 – Ikaris (Eternos)

O mais novo filme da Marvel, Eternos (2021), sob direção da premiada Chloé Zhao, realmente dividiu opiniões: ou amaram, ou odiaram, ou não acharam grande coisa. Eu estou no time dos que amaram kkk e creio que nas próximas postagens, verão bem o porquê.

O longa faz parte da fase 4 do Universo Cinematográfico da Marvel que, num geral (assim como o filme), também dividiu bastante opiniões, tanto por escolhas de roteiro ou de elenco problemáticos (com razão), ou por estranheza a novas propostas de formatos de filme.

Bom, sem mais delongas, nesse e nos próximos posts analisaremos os simbolismos de cada um dos Eternos, começando por Ikaris.

OBSERVAÇÃO: A análise será apenas com o personagem do filme, não dos quadrinhos. E, certamente, spoilers adiante.

O Personagem

Ikaris abraçando Sersi e a olhando apaixonado

Interpretado pelo ator escocês Richard Madden, Ikaris é um dos Eternos – seres criados pelo Celestial chamado Arishem e enviados à Terra para proteger os humanos dos deviantes. Ou, ao menos, foi o que pensaram ser sua missão.

Desde o começo de sua existência na Terra, Ikaris se apaixonou por Sersi, outra Eterna que foi sua esposa por 5 mil anos, até que, sem mais nem menos, Ikaris sumiu. Séculos depois, os deviantes – que acreditavam estar extintos – retornam e os Eternos, incluindo Ikaris, precisam se reunir para entender o que está acontecendo.

Ao decorrer do longa, vemos como Ikaris era um dos que mais mantinha sua fé em Arishem firme, de que sua missão está correta. Tanto que, quando Sersi e os outros propõem ir contra os planos de Arishem, Ikaris se demonstrava claramente incomodado a qualquer um que o olhasse bem.

Próximo da reta final do filme, descobrimos que Ikaris já sabia, por intermédio da Eterna Ajak (morta no começo do longa), que sua missão nunca foi de proteger os humanos de tudo, e sim garantir que chegassem a um alto nível de desenvolvimento tecnológico e de número populacional, de forma a fornecerem energia suficiente para despertar um Celestial chamado Tiamut que era gestado dentro da Terra. Porém, o seu despertar seria o fim de todo o planeta e seus habitantes.

Fica subentendido que esse foi o motivo para a separação de Ikaris e Sersi – ele não suportava viver com ela guardando esse segredo, em especial vendo o quanto ela amava as pessoas da Terra. E, além disso, no mesmo flashback, descobrimos que Ajak pretendia reunir os Eternos para encontrarem uma maneira de não deixarem Tiamut nascer. Porém, Ikaris, não querendo ir contra Arishem, matou Ajak ao jogá-la de um precipício sobre um grupo de deviantes, forja sua cena de morte e deixa os outros pensarem que ela foi morta por um deviante aleatório, sem sua influência.

Ikaris gritando em raiva e sofrimento, lançando raios de energia pura pelos olhos, após ter se sentido obrigado por suas convicções a matar Ajak

Ao final, Ikaris se revela aos amigos e família como um dos antagonistas e luta contra eles na batalha final, tentando impedi-los de conter o nascimento de Tiamut. Ikaris consegue enfrentar todos até, por fim, ficar frente a frente com Sersi, quem foi seu amor por milênios. Ele tenta, mas não é capaz de atacá-la.

Ikaris desaba e pede por perdão, que Sersi concede. Mesmo assim, após o problema dos deviantes e de Tiamut serem resolvidos, Ikaris, não suportando permanecer ali depois de ter traído e atacado sua própria família, chora e voa sem pausa, saindo da atmosfera e seguindo em direção ao sol.

Simbolismos

Ícaro

Uma das analogias mais claras do personagem, facilmente percebida pelos espectadores, foi com o personagem da mitologia helênica, Ícaro. Afinal, o próprio roteiro aponta a semelhança quando o personagem Dane, novo namorado de Sersi, o conhece e pergunta: “Ikaris? Como o cara que voou muito perto do sol?”.

O trocadilho se dá pois, na língua inglesa, a pronúncia de Ikaris é idêntica a Icarus, que é como chamam Ícaro. Porém, como veremos adiante, as semelhanças entre os dois vão muito além do nome.

Os mitos

Nas fontes históricas, duas mencionam a história de Ícaro: o livro 8 das Metamorfoses, do romano Ovídio (43 AEC – 17 ou 18 DEC), e nos livros do geógrafo grego Pausânias (110 DEC – 180 DEC). Como podemos ver, os autores possuem origens geográficas e temporais diferentes, o que é refletido em como narram a história de Ícaro. Não sabemos os motivos detalhados da diferença de narrativa e não cabe a esse post levantar qualquer questionamento sobre qual versão estaria “mais adequada”. O que interessa aqui é qual foi o mito contado pelos roteiristas do filme e suas temáticas.

A versão mais conhecida é com certeza a de Ovídio. Neste mito, após o arquiteto e inventor, Dédalo, ter traído o rei Minos ao ajudar Teseu a entrar no labirinto projetado por ele e matar o minotauro, o rei aprisiona Dédalo e seu filho, Ícaro, no labirinto, condenados a passarem o resto de suas vidas ali.

Como inventor que era, logo Dédalo começou a planejar uma maneira de fugir do local. Como não poderiam sair por terra ou por mar, sua ideia foi de criar asas usando penas caídas e cera, de tamanhos ideais para carregar a ambos. Enquanto Dédalo trabalhava, Ícaro, agitado e brincalhão, mexia nos projetos do pai e andava de um lado para o outro, atrasando-o. Mas, por fim, tudo estava feito.

Quando colocou as asas no filho, Dédalo disse:

Meu filho, eu o alerto a manter-se sempre no caminho do meio, pois se as pontas de tuas asas forem muito para baixo, as águas podem impedir o teu voo; e se subirem muito alto, o sol as queimará. Voe no caminho do meio. Não vislumbre o céu sem limites, a longínqua Ursa Maior e o Boieiro próximo. Nem em Órion com sua marca brilhante, mas siga meu seguro conselho.” (tradução livre do inglês)

Enquanto voavam juntos, Dédalo instruía o filho sobre o caminho a seguir, enquanto Ícaro mirava maravilhado ao seu redor, as pessoas longes e pequenas abaixo deles, pensando em como olhariam para cima e os saudariam como deuses. E assim, Ícaro subiu e subiu, até que suas asas começassem a queimar e a cera a derreter.

Sem poder fazer nada, Dédalo assistiu seu único filho caindo para a morte, engolido pelo mar que passou a ser chamado de mar Icário, uma parte do mar Egeu.

Pausânias, por outro lado, conta que a invenção de Dédalo teria sido a vela que, supostamente, as pessoas da época do mito não conheciam, e ele e seu filho teriam fugido em pequenas embarcações individuais. Nessa versão, Ícaro não conseguiu manter o controle de sua embarcação que foi virada pelo vento, afogando-o. Seu corpo teria sido carregado ao litoral de uma ilha próxima, ainda sem nome, e encontrado por Héracles, que o reconheceu e cuidou de seu funeral. Segundo o autor, depois disso, a ilha recebeu o nome de Ícaro.

Temáticas

Um mito jamais é apenas uma história. Isso não quer dizer que tenha que ter alguma “moral” a ser ensinada (esse é o papel das fábulas), mas há sim análises que devem ser feitas e uma maneira especial de se ler um mito para poder compreendê-lo a fundo.

O mito de Ícaro se assemelha muito das lendas que chamamos de cautionary tale (lenda de alerta) – histórias tradicionais que alertam os ouvintes/leitores sobre certo tipo de comportamento ou sobre algum perigo que os cerca. Porém, sendo um mito, ele vai muito além disso.

O caminho do meio

Na cultura helênica, a valorização da boa medida, do equilíbrio, era muito presente em todos os âmbitos da vida. Podemos ver esse valor nos filósofos, nos aforismos, mesmo ainda na vida religiosa e tradicional de honra ancestral – como, por exemplo, nas Máximas Délficas, um conjunto de pequenas frases de ensinamentos encontrado no templo de Apolo em Delfos, considerado parte do palaios logos (ensinamentos dos antigos). Na máxima 38: “Nada em excesso” (Μηδεν αγαν).

Esse mesmo ensinamento é passado por Dédalo para Ícaro. Voar no caminho do meio não é só literalmente voar em uma altura segura, mas sim uma alusão a como deveríamos seguir a vida: nem subindo demais, de maneira desmedida, sempre indo direto no mais arriscado, no mais caro, no mais perigoso; nem nos rebaixando demais, nos submetendo ao poderio alheio e nunca indo tão alto quanto podemos ir.

Esse raciocínio pode ser também aplicado a emoções e saúde mental: nem alto demais, beirando o narcisismo, a arrogância, nos achando bons demais para qualquer coisa; nem muito baixo, beirando as águas profundas, escuras e inconstantes do mar que podemos entender como uma depressão profunda. Como dizem as máximas 56 “Não abaixe os olhos a ninguém” (Υφορω μηδενα) e 74 “Respeite um senso de vergonha” (Αισχυνην σεβου), o equilíbrio devia sempre ser mantido aos olhos dos helenos.

As máximas 14 “Controle a si mesmo” (Αρχε σεαυτου), 16 “Controle a raiva” (Θυμου κρατει) e 17 “Exercite a prudência” (Φρονησιν ασκει) também são ensinamentos que se encaixam no do caminho do meio, exaltando o auto-controle de seus atos e de suas emoções para conter-se dos excessos e, assim, ser prudente.

Ouça os mais velhos

Outro tema visível do mito de Ícaro é o da importância de se ouvir os conselhos dos mais velhos – na história, dando ênfase especial aos pais. Este também era um valor muito considerado pelos helenos, como podemos ver na máxima délfica 4, “Tenha respeito por seus pais” (Γονεις αιδου), e na máxima 126, “Respeite os mais velhos” (Πρεσβυτερον αιδου).

No mito, Ícaro se deixa levar pelas emoções impulsivas de sua juventude – evidenciadas por Ovídio não só enquanto o rapaz sobe aos céus, como também em como brincava com o pai durante a construção das asas, chegando a atrasar seu serviço, sem conseguir se controlar por alguns instantes que fossem – e, consequentemente, negligencia os conselhos de seu pai, que tentava guiá-lo por um caminho seguro, seja na viagem, seja na vida.

Isso não é dizer que os jovens estão sempre erradou nem que os mais velhos/pais estão sempre certos – lembre-se da justa medida, do caminho do meio. É apenas uma maneira mítica de evidenciar como não devemos negligenciar todo e qualquer conselho oferecido por alguém com mais experiência que, querendo ou não, é um dos tópicos abordados pelo mito.

Húbris

A última temática evidenciada aqui seria da húbris: o orgulho desmedido, a insolência, o pensar e agir como se fosse muito mais do que apenas mortal. Os helenos antigos não tinham o conceito de pecado, mas se tinha uma coisa extremamente repudiável aos seus olhos é a húbris. Podemos ver esse repúdio também na filosofia, na política, na religião e nas dezenas de mitos que abordam essa mesma temática.

Algumas máximas délficas também são bem claras quanto a isso: 3. “Respeite os Deuses” (Θεους σεβου); 11. “Pense como mortal” (Φρονει θνητα); 41. “Despreze a insolência” (Υβριν μισει); 83. “Mantenha-se longe da insolência” (Υβριν αμυνου).

Ícaro, ao se ver alto no céu, fitando as pessoas por cima, deixa-se levar pela húbris, inclusive sendo explicitamente mencionado por Ovídio que o rapaz pensou que os outros os veriam como deuses – considerado para os helênicos um dos maiores desrespeitos aos deuses. Como todo mito helênico, a húbris, pensar-se acima do mortal que você é, não passa sem consequência – Ícaro despenca para a morte, como o mortal que era.

Correspondências com Ikaris

Como dito anteriormente, as semelhanças entre Ikaris e Ícaro vão para muito além do nome ou da ida ao Sol.

Ikaris tinha uma fé muito firme em Arishem e na missão dada aos Eternos. Tanto que, quando Ajak foi ao seu encontro para lhe dizer que tinha decidido desviar da missão apresentada por Arishem em prol da vida na Terra, a subida de Ikaris à húbris começou.

Ajak era vista pelos Eternos como uma líder, uma detentora de sabedoria e uma guia quando se sentiam perdidos. Independente da verdadeira idade que possuíam, ela assume o papel da líder anciã, com experiência suficiente para auxiá-los em seu caminho – assim como o Dédalo do mito. Quando Ikaris não escuta a nova perspectiva de Ajak, vemos um espelho de como Ícaro não ouviu os conselhos de Dédalo. Do mesmo modo, podemos ver sua húbris em se achar correto o suficiente para decidir qual seria o destino de Ajak, matando-a.

Também é simbólico que Ikaris mate Ajak empurrando-a por sobre um mar congelado (onde os deviantes estavam), invertendo a situação mítica com a personagem-Dédalo sendo a que morre caindo no mar, com Ikaris a olhando de cima.

Ajak repousando sua mão sobre o ombro de Ikaris com confiança e apoio, com o mar ao fundo dos dois e, o Sol, atrás da cabeça de Ikaris

A húbris de Ikaris continua subindo até o vermos admitindo à família que os trairá e que os matará se for preciso, e também enquanto luta contra os outros Eternos e declara que ele é o mais forte de todos e que é inútil lutarem contra ele sendo mais fracos. É gritante o quanto seu orgulho subiu ao mais alto possível.

Um simbolismo visual disso muito presente no filme é de como Ikaris é mostrado numa posição alta, por vezes de baixo para cima, quase sempre com o Sol diretamente atrás de sua cabeça – tanto fazendo a alusão ao mito, como servindo de foreshadowing de qual será o seu destino.

Sua queda, porém, é abrupta quando Ikaris se vê diante de Sersi prestes a matar Tiamut. Por mais que acredite em Arishem e que tenha dito que mataria quem fosse preciso, é quando ele a encara nos olhos que percebe que jamais seria capaz de tal coisa, muito menos contra sua ex-esposa.

Ao ser incapaz de matar Sersi, Ikaris começa a cair em si sobre o quanto estava errado e cometeu traições que muitos considerariam imperdoáveis. Assim, decide expressar seu arrependimento, pedindo perdão e entrando em choque quando Sersi diz que sim. O perdão de Sersi ao mesmo tempo o libertou e o condenou o golpe final de sua queda – ideológica, moral e, principalmente, psicoemocional.

No filme, tanto a morte de Ajak/Dédalo quanto a subida ao Sol seguiram caminhos inversos: a queda de Ikaris vem antes e o voo ao Sol, depois, em um final que sugere um suicídio do personagem, não mais capaz de suportar o que fez.

Aqui, a subida da húbris e a do Sol são separadas, com a última representando não o início de sua decadência, mas a finalização desta. Do mesmo modo, historicamente em diversas culturas, o fogo foi visto como um método de purificação. De acordo com Chevalier e Gheerbrant:

O símbolo do fogo purificador e regenerador desenvolve-se do Ocidente ao Japão. […] Os inumeráveis ritos de purificação pelo fogo – em geral, ritos de passagem – são característicos de culturas agrárias. […] O Fogo, nos ritos iniciáticos de morte e renascimento, associa-se ao seu princípio antagônico, a Água. […] A purificação pelo fogo, portanto, é complementar à purificação pela água, tanto no plano microcósmico (ritos iniciáticos), quanto pelo plano macrocósmico (mitos alternados de Dilúvios e de Grandes Secas ou Incêndios).

CHEVALIER; GHEERBRANT, 2000, pp.440-441 (grifos dos autores).

Então, quando Ikaris voa ao Sol, ele não só tenta se matar, como simbolicamente se purifica de seus atos com o fogo e se liberta, da mesma forma que o perdão de Sersi e a água de suas lágrimas o fizeram pouco antes. Não só isso, como ao longo do filme vemos vários momentos que ligam Sersi a um simbolismo aquático, desde cenas explícitas da personagem fazendo água sair do chão, ao mais implícito, com suas roupas em cores marinhas, seu sentimentalismo (associado ao elemento em questão), suas lágrimas e ao mar que os rodeia na batalha final. Tudo isso reforça não só a purificação dupla do fogo e da água, como também a ideia de que Sersi foi o mar da queda fina de Ikaris.

Sersi em Eternos (2021), parada à frente do mar

Sendo inspirado em um personagem da mitologia helênica, também é interessante como sua tentativa de suicídio tenha sido de se lançar ao fogo, considerando que outros heróis e personagens helênicos tenham tomado medidas semelhantes, podendo mencionar o próprio Héracles como exemplo – e que, logo após se matar no fogo, ascendeu ao Olimpo, limpo o suficiente para se tornar um deus.

Além disso, de forma geral, como diz Paul Diel e Chevalier:

Imagem das ambições desmesuradas do espírito, Ícaro é o símbolo do intelecto que se tornou insensato… da imaginação pervertida. É uma personificação mítica da deformação do psiquismo, caracterizada pela exaltação sentimental e vaidosa. Ícaro representa o emotivo e a sorte que o espera. A tentativa insana de Ícaro é proverbial pela emotividade no mais alto grau, por uma forma de aberração do espírito: a mania das grandezas, a megalomania (DIES, 50). Ícaro é o símbolo do excesso e da temeridade, a dupla perversão do juízo e da coragem.

DIEL apud CHEVALIER; GHEERBRANT, 2000, p.499 (grifos dos autores)

E o que é a jornada de Ikaris se não o personagem intelectual e distante que se tornou insensato, o emotivo levado aos atos insanos e à megalomania, uma jornada de excessos e deformação do juízo e da coragem?

Vale lembrar que assim como o mito de Ícaro, a história de Ikaris não é a de um vilão (como pessoa malvada e inescrupulosa) e sim a de um antagonista (aquele que vai em oposição ao protagonista). Qualquer um poderia passar pelo mesmo voo e pela mesma queda sob influência de sua húbris – e admitir isso é difícil para a maioria. Do mesmo modo, ambos poderiam pedir pelo perdão daqueles que afetaram – mesmo que, infelizmente, apenas Ikaris tenha tido essa chance.

A trajetória de Ikaris, seja em temáticas, em simbolismos, em nomes e em sentimentos afetados, se assemelha muito a uma típica tragédia grega e nos faz refletir sobre a própria natureza humana.

REFERÊNCIAS

CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. 15.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.

ETERNOS. Direção: Chloé Zhao. Produção de Kevin Feige. EUA: Marvel Studios, 2021. 157 min.

MÁXIMAS Délficas. Tradução de Alexandra Nikaios. Disponível em: <https://www.helenos.com.br/maximas >. Acesso em: 13 nov. 2021.

OVÍDIO. Metamorfoses. Livro 8, vv.183-261. Disponível em: <https://www.theoi.com/Text/OvidMetamorphoses8.html#2 >. Acesso em: 13 nov. 2021.

PAUSÂNIAS. Descrição da Grécia – Tomo 9 (Beócia). [9.11.4-5]. Disponível em: <https://www.theoi.com/Text/Pausanias9A.html >. Acesso em: 13 nov. 2021.

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